terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"Referendo na Venezuela"



CARACAS (Reuters) - Moradias populares, clínicas e até um novo teleférico mantêm a popularidade do presidente Hugo Chávez na favela de San Agustín, em Caracas, e ajudam a explicar a possível vitória dele no referendo que lhe autorizaria a prolongar sua permanência no poder, que dura dez anos.

Homem de raízes humildes, Chávez confia na sua persistente popularidade entre os pobres para vencer o referendo de domingo, sobre uma reforma constitucional que eliminaria os limites para a reeleição de ocupantes de cargos majoritários.

As pesquisas indicam uma ligeira vantagem de Chávez, mas o resultado pode mudar se o comparecimento for baixo ou se a oposição conseguir convencer os indecisos a votarem "não". Caso a proposta seja derrotada - como já foi num referendo em 2007 -, Chávez terá de deixar o governo em 2013.

San Agustín é um entre as centenas de bairros populares nos morros que cercam Caracas e onde vivem grande parte dos seus cerca de 5 milhões de habitantes.

Embora problemas como a criminalidade tenham abalado a popularidade do presidente, ele continua sendo muito bem visto entre a população por ter investido em clínicas populares e em projetos de desfavelização. Um teleférico a ser inaugurado em breve poupará os moradores de várias horas semanais de caminhadas pelo morro.

"Ele é o único presidente que realmente trabalhou pelos pobres", disse María Acosta, 77 anos, recebendo atendimento gratuito de médicos cubanos. "Se eu pudesse amarrá-lo na cadeira para não nos deixar, eu amarraria."

Tal paixão é típica dos chavistas mais ardorosos, que compõem cerca de um terço do eleitorado. "Se alguém tem uma boa esposa, não troca. Bom, é assim que nos sentimos com esse homem", disse Acosta.

A pobreza na Venezuela cresceu na década de 1990, uma época de grave crise econômica, e voltou a cair depois da posse de Chávez, em 1999. O apoio ao presidente, especialmente entre os mais pobres, subiu junto com a cotação do petróleo, o que permitiu que o governo distribuísse riquezas, subsidiasse alimentos e elevasse os salários.

"Golpe de Marketing"

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