sábado, 20 de dezembro de 2008

"Corporativismo Precoz"

Acabo de ler materia no Jornal de Londrina deste sábado, sobre a colação de grau dos 14 estudantes de medicina (agora já médicos) que no ultimo dia 20 de novembro provocaram uma baderna no pronto socorro do HU, e que conseguiram na justiça o direito de colarem grau, ja que a reitoria da universidade havia suspendido o direito deles à formatura.
Me atento e chamo a atenção para o seguinte: "Em uma atitude de apoio aos envolvidos no episódio, todos os alunos da turma do último ano do curso de Medicina, inclusive os que já colaram grau na sexta-feira passada (12), compareceram juntos à solenidade de formatura para os 14 estudantes. A manobra teve como objetivo impedir a identificação dos que tiveram a formatura suspensa. Quando reitor Wilmar Marçal pediu que os formandos se levantassem para o juramento, novamente todos os alunos, incluindo os já formados, se levantaram. Na hora de entregar o diploma, mais uma vez, todos foram receber o documento" conforme texto do JL.
Me impressiona que o corporativismo profissional , comece tão cedo e seja tolerante com a impunidade, pois a atitute tomada por alguns dos formandos deveria ser de alguma forma punida talvez a suspensão da colação de grau fosse extremadamente complicada e dificil ,mais pelo menos a puniçao moral deveriam receber, agora num ato de acobertamento e conivência todos e repito todos os médicos agora de direito, acobertaram os colegas menos consequentes e responsaveis,(ou será que efetivamente todos não estavam envolvidos), Então surge na mente a interrogação , será que quando eu ou você ou um dos nossos entes queridos forem atendidos por qualquer um destes profissionais, e eles cometerem qualquer tipo de iatrogênia, serão também acobertados e escondidos pelos demais colegas de classe.
Penso que a atitude daqueles que não foram flagrados pelas câmeras do hospital e um gesto corajoso e solidário. Pena que seja covarde e desrespeitoso com a sociedade que financiou por seis anos o curso que os formou, sociedade esta que talvez nunca receba nada em troca da formação à eles oferecida. Na minha opinião se necessita urgente uma política para os egressos das universidades publicas onde depois da sua formação eles tenham que dedicar um período da sua atuação profissional para aqueles que possibilitaram que o seu curso fosse financiado, por que não um serviço social obrigatório, de um ou dois anos , temos só no Paraná 33 municipios sem médicos . É coisas para se pensar . . .seguimos em combate . . .

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