sexta-feira, 19 de março de 2010

Serra diz que Lula 'está terminando bem o governo'

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta sexta-feira (19) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "está terminando bem o governo". PT e PSDB deverão se enfrentar na campanha para a Presidência da República neste ano.

Serra foi questionado pelo jornalista José Luiz Datena, da Band, se os partidos que o apoiarão irão conseguir superar a força política de Lula.

"Eu não comparo uma coisa com a outra. O Lula fez dois mandatos, está terminando bem o governo. O que nós queremos para o Brasil? Que ele continue bem e até melhore. Então aí, não é o partido que vai se comparar. O partido te apóia, você tem que ver quem é que vai ser presidente, quem vai dirigir as coisas, porque o presidente é insubstituível. Ele não governa terceirizado", disse.

Na entrevista, veiculada no SP Acontece, programa diário comandado por Datena na Band, Serra afirmou que lançará sua candidatura ao Palácio do Planalto no começo de abril. Em fevereiro, o PT lançou a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência.

O governador foi questionado ainda se sua estratégia de campanha seria separar a figura do presidente da figura de Dilma.

"Você, quando é eleito, eu sou governador e fui prefeito, quem toma as decisões, inclusive nos momentos difíceis é o prefeito, o governador e o presidente. Isso é insubstituível. Não há delegação nesse caso e você responde ao povo porque o povo te deu o voto. Não há ninguém que governe com alguém paralelamente – nem acho que esse seja o caso , nem o Lula pretenderia fazer isso – mas isso não funcionaria no Brasil e nenhum lugar do mundo", respondeu.

Em outra pergunta, sobre se considerava sua história de vida mais forte do que a história da ministra, o governador respondeu: "Eu tenho uma história. O pessoal vai conhecer a história, vai conhecer a história dela, das outras, da Marina (Silva, senadora do PV que é pré-candidata à Presidência), que é uma pessoa de muitos méritos. E vai julgar, vai analisar e vai decidir", disse.

Foto: Ciete Silverio

Wal-Mart fecha trimestre com lucro 22% maior

O Wal-Mart, maior empresa de varejo do mundo, fechou o trimestre fiscal encerrado em 31 de janeiro com lucro de US$ 4,632 bilhões, uma alta de 22,15% sobre o resultado do mesmo período do ano anterior, quando faturou US$ 3,792 bilhões.Nessa base de comparação, a receita líquida da empresa cresceu 4,6%, para US$ 112,826 bilhões, em um resultado que incluiu ganhos cambiais de US$ 1,9 bilhão, na esteira da desvalorização do dólar, o que puxa para cima o balanço em moeda americana.Já o resultado operacional ficou positivo em US$ 7,258 bilhões, um avanço de 13,8% também na comparação anual. Com isso, o Wal-Mart acumulou lucro de US$ 14,335 bilhões no ano fiscal de 2010, marcando um crescimento de 7%.

Sobre as perspectivas para o ano fiscal de 2011, a empresa prevê um lucro das operações continuadas entre US$ 3,90 e US$ 4,00, após marcar US$ 3,72 nesse resultado em 2010.

"Estamos confiantes em nossa estratégia de ampliar nossos negócios ao redor do mundo e entregar grandes retornos a nossos acionistas", diz, no balanço, Tom Schoewe, presidente-executivo do grupo.

Foto: Sidney Fernando de Caires


'Pesquisa é retrato do momento', diz Dilma em Minas

'Pesquisa é retrato do momento', diz Dilma em Minas
A diminuição para cinco pontos porcentuais - 35% a 30%, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (17) - nas intenções de votos, para o seu principal rival, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi recebida com serenidade pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República, em Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro.

Leia também: Serra diz que até outubro não vai comentar 'nenhuma' pesquisa

"Vou repetir o que repito a horas: a pesquisa é retrato do momento", disse Dilma. "Estamos em março, a eleição é em outubro, e ninguém sobe de salto alto", emendou ela, enfatizando que terá que se dedicar na campanha. "(Estamos) avaliando que é só o momento, e que a eleição ainda tem muito caminho pra gente andar."
O curto comentário sobre a divulgação da pesquisa encerrou a rápida entrevista coletiva em Monte Alegre de Minas, onde Dilma discursou por cerca de 30 minutos para pelo menos 2 mil pessoas, num palanque montado no pátio do posto de combustíveis Trevão de Monte Alegre.

A ministra, que inaugurou obras e assinou convênios com prefeituras de dezenas de cidades mineiras, também não deixou claro se irá ou não participar de eventos ou inaugurações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após deixar o cargo na Casa Civil. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou cartilha, ontem, indicando que Dilma só não poderá participar de eventos a partir da oficialização de sua candidatura.
"Nós achamos que a relação, a partir da minha saída, é mais o presidente indo nas minhas atividades, nas atividades de campanha como militante que ele é", argumentou Dilma. "Não estamos dando muito destaque e ênfase a isso." Para a ministra, a cartilha da AGU indica que estaria sob o "ponto de vista legal", mas deixou a entender que terá muito trabalho durante a pré-campanha à Presidência. Não garantiu que não participará de qualquer inauguração oficial do governo, mas também não desconsiderou essa hipótese. "Não te digo isso (não participar de inaugurações oficiais), porque posso participar, mas não é essa a atividade central", enfatizou Dilma.
Sobre a disputa estadual em Minas Gerais, se sua candidatura pelo PT terá um ou dois palanques, a ministra afirmou que é favorável à união, não citando nomes ou preferências. "Somos a favor da unidade e acho que essa questão da unidade não é uma coisa que se impõe, se constrói", disse ela. Dilma se disse favorável à união dos palanques em Minas, mas ainda destacou que "não controlamos a realidade completamente". Ela não quis fazer qualquer prognóstico sobre o assunto. "(Vamos) olhar na hora, não se antecipa à pior situação..., temos que ser otimistas", finalizou a ministra.
JK A ministra da Casa Civil recebeu, ao chegar ao seu compromisso político, uma cópia da carta que o então presidente Juscelino Kubitschek, também mineiro, escreveu à população de Monte Alegre de Minas em 1958. Ela leu um trecho da carta e elogiou JK, citando-o como "grande presidente desenvolvimentista, responsável, visão ampla de País". O discurso de Dilma foi a dez metros do trevo, que tinha intenso tráfego de caminhões, ligando várias cidades. O trecho inaugurado, de cerca de 60 quilômetros, foi da BR-153, que liga Itumbiara (GO) a Prata (MG).
A visita também marcou o início da duplicação de aproximadamente 80 quilômetros da BR-365, entre Monte Alegre de Minas e Uberlândia, entre outras. Também foram assinados 253 convênios em 75 municípios do Triângulo Mineiro e lançamentos de cerca de duas mil moradias do programa Minha Casa, Minha Vida na região. Depois, Dilma seguiu para cumprir agenda em Uberaba (MG).

FOTO: (Celio Messias/AE)

TSE arquiva representação contra Lula e Dilma por campanha antecipada

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou na sessão desta quinta-feira (18) representação proposta pelo PSDB, PPS e DEM contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff por campanha eleitoral antecipada em favor dela, pré-candidata do PT à Presidência da República.
Os partidos acusavam o presidente de ter desrespeitado a legislação eleitoral durante inauguração de prédios de um campus universitário em Araçuaí, em Minas Gerais. Por 4 votos a 3, os magistrados do TSE entenderam que o presidente não extrapolou os limites da lei.
O relator, Joelson Dias, votou pelo arquivamento do caso, mas os ministros Fernando Gonçalves, Felix Fischer e Carlos Ayres Britto se manifestaram pela aplicação de multa. Os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia preferiram seguir entendimento do relator e recomendaram o arquivamento da representação.O caso chegou à sessão desta quinta empatado em 3 votos a 3. Último ministro a votar, Marcelo Ribeiro não considerou a prática de campanha antecipada e votou pelo arquivamento do caso.

Outra decisão
No início da tarde desta quinta, o TSE divulgou outra decisão do ministro Joelson Dias, que aplicou multa de R$ 5 mil ao presidente por campanha antecipada. Mas o caso ainda deve ser levado ao plenário para decisão final.

O episódio teria ocorrido em maio de 2009, durante inauguração do complexo poliesportivo em Manguinhos, construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro. A decisão deve ser publicada no dia 22 de março no Diário de Justiça Eletrônico do TSE. A partir disso, Lula terá três dias para recorrer. A assessoria de imprensa da Advocacia Geral da União (AGU) informou ao G1 que deve recorrer assim que for notificada sobre a decisão. A representação contra Lula foi apresentada pelo PSDB, que também pleiteou a punição de Dilma no caso. Joelson Dias, no entanto, entendeu que a ministra Dilma não deveria ser multada porque nada nos autos evidenciou o seu prévio conhecimento sobre o ato. Segundo ele, a ministra não pode ser punida uma vez que não poderia prever que seu nome seria aclamado por alguns dos presentes ao evento e nem mesmo a maneira como o presidente Lula, em discurso realizado de improviso, reagiria àquela manifestação. Em sua decisão, Dias afirmou que assistiu à íntegra do discurso, transmitido ao vivo pelo canal NBR, do Governo Federal. A cópia foi entregue pelo PSDB. “A outra conclusão não se pode chegar, portanto, senão pela responsabilidade do primeiro representado (Lula) pela prática de propaganda eleitoral antecipada, com a conseqüente aplicação de multa”, argumentou o ministro. O valor da multa foi estipulado em R$ 5 mil porque o magistrado entendeu que o discurso, apesar de infringir a lei não revelou “circunstância mais grave”.

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